quinta-feira, 26 de junho de 2008

Nascimento e morte na literatura e na música



Pro dia nascer feliz - Cazuza


Todo dia a insônia
Me convence que o céu
Faz tudo ficar infini...to
E que a solidão
É pretensão de quem fica
Escondido fazendo fi...ta
Todo dia tem a hora da sessão coruja, hum...
Só entende quem namora
Agora vão'bora
Estamos bem por um triz
Pro dia nascer feliz, hum...
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar
E a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz
Ah! Essa é a vida que eu quis
O mundo inteiro acordar
E a gente dormir...
Todo dia é dia
E tudo em nome do amor
Ah! Essa é a vida que eu quis
Procurando vaga
Uma hora aqui, a outra ali
No vai e vem dos teus quadris
Nadando contra a corrente
Só pra exercitar...
Todo o músculo que sente
Me dê de presente o teu bis
Pro dia nascer feliz, é!
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar
E a gente dormir, dormir
Pro dia nascer feliz, é!
Pro dia nascer feliz
O mundo inteiro acordar
E a gente dormir, dormir

Oh oh oh oh
Oh oh oh oh
Oh oh oh oh...

Tantos poetas reverenciaram a vida, o nascimento e a morte em suas obras.

João Cabral de Melo Neto, escritor pernambucano estabeleceu rentes e diferentes encontros de seu retirante Severino com a morte na obra Morte e Vida Severina.

Como exemplo ainda temos o Cazuza, Djavan com sua Flor de Lis, Haroldo de Campos com seu poema concretista Nascemorre e Milton Nascimento com sua famosa Travessia.

E cada um à sua maneira fala da morte ou da vida de forma poética.


(espere um pouquinho para que o video se complete)
Imperdível Djavan com sua Flor de Liz!


Valei-me, Deus!
É o fim do nosso amor
Perdoa, por favor
Eu sei que o erro aconteceu
Mas não sei o que fez
Tudo mudar de vez
Onde foi que eu errei?
Eu só sei que amei,
Que amei, que amei, que amei
Será talvez
Que minha ilusão
Foi dar meu coração
Com toda força
Pra essa moça
Me fazer feliz
E o destino não quis
Me ver como raiz
De uma flor de lis
E foi assim que eu vi
Nosso amor na poeira,
Poeira
Morto na beleza fria de Maria
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem Margarida nasceu.
E o meu jardim da vida
Ressecou, morreu
Do pé que brotou Maria
Nem Margarida nasceu.




Nascemorre de Haroldo de Campos



Apresentamos como Poesia Concreta o poema Nascemorre de Haroldo de Campos.

Voz e violão: Iasmin Martins.
Fotos: Iasmin Martins, Dia de los Muertos, Google...






TRAVESSIA
1967

Milton Nascimento e Fernando Brant


Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida, me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar

Vou seguindo pela vida, me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver

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