Clarinha e Gustavo
O velho muito velho,recolhe-se depois de bater muita sola.
A velha tão velha e tão esperta corre levar-lhe chocolatada com amendoim.O quarto grande e imenso, cama de rainha.No silêncio dos fundos do casarão,um velho e uma velha se amam.No outro dia,ele faz sapato e ela crochê,esperando com ansiedade pelo novo recolher.
O velho muito velho,recolhe-se depois de bater muita sola.
A velha tão velha e tão esperta corre levar-lhe chocolatada com amendoim.O quarto grande e imenso, cama de rainha.No silêncio dos fundos do casarão,um velho e uma velha se amam.No outro dia,ele faz sapato e ela crochê,esperando com ansiedade pelo novo recolher.
Quando criança presenciei este amor.Meu bisavô torto casara-se novamente com vó Clarinha.Ela também viúva por duas vezes,abandonara a família em São Paulo para viver essa paixão no interior do estado.
Ele tinha a oficina de consertos de sapatos nos baixos da grande casa pastoral,onde a filha morava com o marido pastor evangélico e filhos.
A vópassava o dia arrumando o quarto com cama alta,imponente fazendo a comidinha que ele gostava.
E à noite se amavam a portas fechadas, sempre com a enorme caneca de chocolate e amendoim enquanto a família,na sala ao lado, discutia,jantava,rezava e criticava o comportamento dos dois.Mas o fim chegou para o casal e a família achou que era melhor separá-los. Os filhos da vó Clarinha vieram buscá-la e vô Gustavo ficou em casa,vindo logo falecer logo.
Só a interferência familiar pode afastá-los um do outro.
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