domingo, 5 de outubro de 2008

Rosas vermelhas - Carmen Apóstolo



Vilma enxugava as lágrimas com seu lenço de seda . Era o momento do amor já envolvido pela saudade.

. Um barco ao longe deslizava sobre o mar revolto fazendo seu coração quase saltar do peito.
José partiu e as esperanças enfraqueciam pouco a pouco .

A moça pertencia a uma família pequena:senhor Pedro e senhora Luiza. Eram muito ricos. O mesmo não se poderia dizer sobre o rapaz. As diferenças marcantes acarretaram o final do romance .Para evitar comentários , mudaram-se para bem longe. A filha ficava cada vez mais triste, definhava. Os pais se descontrolaram no rumo dos negócios perdendo tudo o que tinham.
. Sete anos se passaram.

O dia anunciava um belo domingo ensolarado!Todos foram à missa naquela pequena cidade interiorana .Dona Luiza , sempre elegante a salvar as aparências .No final das atividades dominicais,

quando saíam da igreja, depararam com uma linda Limozini estacionada bem ali em frente.
Dela saiu primeiro o chofer, bem uniformizado, seguindo o protocolo que a situação exigia.

A jovem , para ser agradável ao pai , exclamou com um tom diferente na voz:

_Papai , o carro dos seus sonhos !

_Mas você é o maior dos meus sonhos! _acrescentou _

Nesse momento , um homem bem vestido se aproximou. com um viçoso ramalhete de rosas vermelhas-Vilma não teve dúvida, atirou-se nos braços de José, abraçou-o e com toda paixão e disse emocionada :

_Eu sabia , meu amor,você nunca me esqueceria. .Ele respondeu ternamente:

_Minha amada,um grande amor não tem fronteiras,, terá sempre o perfume e o viço das rosas vermelhas. Pode morrer a cada dia ,mas renascerá no próximo instante se for mesmo, o verdadeiro !

E os beijos ardentes como o fogo a crepitar,testemunharam o renascimento do amor.

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