quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Como vai você? - Ana Maria Maruggi
Na cama os dias já se confundem com as noites. Os lençóis quentes e amarrotados se amontoam sob o corpo doente e frágil da mulher.
Pouca luz. Pouco ar. Pouca visita, mas ainda assim muita esperança de continuar vivendo.
Há dias ninguém a ajuda com o banho e nem com a alimentação. Há dias não há mais ninguém.
Mas quando num repente a porta se abre e adentra o filho saudável, ela sorri ternamente e avança:
- Como vai você, meu filho?
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