domingo, 3 de agosto de 2008

Quetsaida - Cida




Procuro-me. Dentro de mim está tudo muito desarrumado.
Travo sério combate comigo mesma, na tentativa de colocar em ordem meu íntimo esquecido.
Desisto. A lembrança de Manuel Bandeira, insinua-me a deixar tudo e fugir, para bem longe.
Ao contrário de Passárgada, monto num cavalo branco, feito de sonhos e, em disparada vou galopando a caminho da longínqua Quetsaida. Lá não sou amiga do rei, não existe reinado. Nem tão pouco terei o homem que quero, nem camas para escolher, não há pau-de-sebo, nem mesmo telefone, bicicleta.
Em Quetsaida beberei da água poderosa que contém todos os nutrientes de farta refeição. Para que bicicleta se posso voar? Meus braços estendidos levam-me para onde eu quiser!
Lá não há governantes para roubar, nem salário, pois não preciso trabalhar! Terei tudo o que quero sem me sacrificar....
E se me sentir triste, com vontade de chorar, lá terei namorados, para me abraçar.
Tão verdadeiros, tão sinceros, que jamais irão me trair, não existe lá traição, nem mentiras nem promessas, existe vida em abundância, colorida pelo sol, contornada pelo mar.
Vou-me embora para Quetsaida, lá sim serei feliz!....

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