sábado, 16 de agosto de 2008

Eu Avenida Paulista - (autor?)



Transpiro movimento, pulso aceleração
Corro lenta, transbordo pesada
Calada atravesso séculos imortal
Tenho a única cara dos milhões e do plural
Reflito a luz da ganância e o protesto do erro
Sim, sou o reflexo do desigual e a potência do desenvolvimento
Sou o diferente
O instante, o momento, o passado, o tempo,
Sinto o vento da mudança suplicando pelo ar
Sinto a vida clareando o escuro, o cheiro que emana do novo
Falo o dialeto da gente que não morre de esperar
Gesticulo estética do espaço que se traduz geométrica
Canto o coro da urbanização frenética
Danço o caminho do cotidiano linear
Choro o ócio que arde
Vago exausta o dia com traje de arte

Nenhum comentário: