domingo, 3 de agosto de 2008

Minha Pasárgada - Ana Maria Maruggi



Hortências robustas alinham-se às margens da estrada que me leva para Pasárgada.

No céu claro de novembro não há sinais que não sejam de paz.

As rodas de ferro tangem as pedras soltas que escapam para os lados quase ferindo as floreiras.

O tocador comunica nossa chegada ao portal de madeira nobre com lascas de cristais. Ao alto a inscrição: Pasárgada, me anima.

Retoco de leve o penteado, ajeito o véu branco que andou esvoaçando pelo trajeto, alinho o vestido branco drapeado que me veste, e suspiro.

O freio range ao comprimir as rodas da charrete, o animal bufa em silêncio, e o tocador anuncia minha entrada em alto brado.

Estendo, então, a mão ao meu esposo cuja mão estava à espera da minha ...

Nenhum comentário: