No terreiro do Juvenal,tem criação só de aves.É um barulho infernal!
E as penas que voam!Parece plenário do Congresso Nacional.
A mais barulhenta, esguela.A mais bonita,se mostra.
A mais tímida, se enterra E no poleiro a mais esperta não cai.
O avestruz faz parte da família. Dá trabalho pra toda galinhada.
Quer ser o primeiro a fugir da panelada.
Coitado do avestruz!Curioso, soberbo,imponente!
Espiou no terreiro vizinho, Era a granja lá do Torto!
Engoliu as mentiras contadas, Todas goela abaixo.
PAROU E PENSOU!
Melhor é ter o pescoço recheado com farofa que não deixa falar.
Só imita o furumfunfum,espalhando “quem conta um conto,aumenta um ponto”das mentiras pra lá de enganosas.
Juvenal chamou as aves e se pôs a todas alimentar.
Pois elas iriam prá panela e seriam a ceia do cerrado, onde qualquer dia é prá comemorar.
E assim mataram o avestruz!
Foi o povo da capital que nem valor dá
Pra ave que carrega um ovo tão grande,capaz de fazer o milagre!
E tanta gente alimentar.
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